terça-feira, 29 de maio de 2018

lembranças
1

“À margem plácida da vida
Aportei chorando
No porto do sol
Os poucos caminhos
Onde lhe esperei
Tornaram-se suficiente demais
Tão pouca possibilidade havia
De você chegar...

Mas tão grande era
A Esperança de sua vinda
Que todos os caminhos
Se todos eu pudesse ver
Seriam poucos.

Eu me perdi então
Sou um estranho nos paralelepípedos
Da vida
Mas
Será fácil encontrar-me
No por do sol vermelho
Eu estou contra o horizonte
Meus dedos chorantes
E a alma oblonga
Que você reconhecerá
Pela sombra....

Nos meus olhos sem fundo
Cabelos de vento
No peito
Uma flor de vidro vermelho
Os braços em cruz
Serei eu
Tome minhas mãos
E leve-me com você

Aweá fácil encontrar-me
No por do sol vermelho
Eu estarei contra o horizonte...”

                1980  Autor deconhecido

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