terça-feira, 7 de julho de 2009

LAU CARRARA


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Meu nome completo é Lazaro Luis Carrara nasci em 20 de março de 1962 em Piracicaba. Meus pais: Benedito Carrara e Catarina Maria Felicio Carrara. Meu pai veio do Bairro Paredão Vermelho e minha mãe é de Charqueada. Meu pai era lavrador, veio para Piracicaba, começou a trabalhar na Siderúrgica Dedini, e foi onde se aposentou.


Nasci em Piracicaba, e me criei no bairro São Luis, perto da Igreja São Luis. Foi ali que fiz minha Primeira Comunhão. Casei-me e permaneci morando na Vila Rezende. Hoje moro perto do Quartel, do 10⁰ Batalhão de Polícia. Tenho duas irmãs e uma filha.



Fiz o primário no Colégio das Freiras, ao lado da Igreja Matriz da Vila Rezende. Depois fiz o Senai como Ajustador Mecânico, aos 14 anos. Neste tempo eu fazia o Senai grátis e já trabalhava. Hoje tem que pagar para fazer o Senai e não se pode mais trabalhar(quando é menor).




Em 1977 eu já tinha registro em carteira. No meu ver, as coisas regrediram. Naquele tempo eu estudava, trabalhava, tinha meu dinheirinho. As coisas hoje parecem que regrediram. Hoje para criar um filho, a gente vê a dificuldade que se tem. Muitas vezes, a gente faz a faculdade e somente fica apenas com um cartucho na mão. Eu não entendo as coisas. As firmas querem pessoas com experiência. Como é que vai ter experiência, se acabou de sair da escola?


Em 79 fui dispensado da Dedini, durante a crise. Fiquei fazendo o segundo grau na Escola Industrial de eletrotécnica, e trabalhando em alguns serviços menores. Foi um tempo difícil, não se achava emprego. Mas mesmo assim consegui diversos empregos com este último curso. Fiz diversos desenhos mecânicos e de eletrotécnico.

Em 2003 nasceu minha filha, e tive que reorientar minha vida. Mas mesmo assim, consegui fazer um ano de faculdade e lançar um C.D. de piadas. Neste tempo exerci diversas atividades como autônomo.

Fiz concurso para funcionário estadual em 1994 onde fui admitido e até hoje permaneço.

Quando eu entrei no Senai, já costumava fazer algumas brincadeiras com baralho, e tenho mantido isto quando possível.


Sempre gostei de contar piadas. E isto vem desde o tempo de meu mai, que também me incentivava. Também faço mágicas há um grande tempo. Aprendi com o velho Manesco (hoje falecido) e o Kiehl (Dr. Kiehl –reportagem anexa). Fui convidado pelo Manesco a fazer parte do grupo , que fazia reunião na casa do Dr. Kiehl cada 15 dias. Eu levava alguns truques que sabia, e voltava sabendo outros. O interessante que, quando a gente vai em qualquer tipo de reunião, a gente leva alguma coisa e acaba divertindo não só a crianças, mas também aos adultos.





A idéia de gravar o C.D. de piadas iniciou-se em 2903. E teve um motivo: foi quando ocorreu o Segundo Salão de Humor de Piracicaba. Houve um anterior, em 2002, mas aconteceu em uma lanchonete, perto da Catedral de Santo Antonio, (Ciber Café ?) e eu tímido, não entrei. Ele ocorreu no Bar do João, na Rua Moraes Barros.


A piada com que ganhei era aquela em que o amigo vai pintar para outro a casa de graça. Quando começou o trabalho, o amigo chega antes em casa e encontra o pintor pelado, e suspeitou que ele estivesse se engraçando com sua mulher. Para escapar a acusação, ele disse que era absurdo o que ele estava pensando. É que além de pintar a casa de graça, não queria sujar sua roupa. Ao que o amigo retrucou: e este negócio duro, aí, o que significa? E logo veio a resposta: e você queria que eu fosse pendurar a lata de tinta onde?!!!




Posso considerar que comecei a exercer atividades como humorista nesta fase. Anteriormente, costumava contar piadas em bares, quando requisitado, ou durante alguma apresentação junto com moda de viola.




Quando lancei o C.D., mandei fazer 1.000 cópias, que logo se esgotaram. Tive que mandar fazer mais mil, e quase não tenho mais nenhuma. Foi quando comecei a receber convites para participar de programas de rádio e televisão, reportagens do mais diversos jornais.
E, 2004 tornei a participar, e novamente fui campeão. Nos anos subseqüentes parece ter diminuído o interesse nos concursos de piadas. Em alguns anos ocorreu, em outros não houve nenhuma manifestação por piadas.


Mas, mesmo assim lancei meu segundo e terceiro C.D., que estão sendo bem vendidos.


Como você vê, com camisa e chapéu escuros, colete dourado e gravata borboleta azul foi indumentária imaginada inicialmente por Carlos ABC. Já vi muitos humoristas na televisão e achei que havia necessidade de alguma caracterização. Mas não quis criar nenhum personagem com que me identificasse. Sempre achei que as piadas que contava deveriam atrair o riso e não como eu me apresentasse.

Nunca fiz nenhum curso de teatro ou de expressão corporal. O modo com que me expresso quando conto piadas é totalmente natural, e nada é estudado. Tento transmitir com gestos o que sinto quando transmito a piada.


Muito importante quando se conta uma piada é conseguir transmitir com exatidão o cenário onde ela ocorre. Isto faz com quem esteja ouvindo seja colocada em sintonia com o narrado.quando se encerra a piada, então é muito mais fácil transmitir a jocosidade do fato.
Pretendo chegar até um ponto onde meu trabalho seja reconhecido. Não sei se conseguirei isto aqui em Piracicaba.

Os três C.D. foram um sucesso.
Telefones para contato:
(19) 9718 3393
(19) 3413 0197
ou veja Lau Carrara contando piadas em:

domingo, 5 de julho de 2009

Despedida a Clemência Pizzigatti

Comentários finais. julho 2009


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Já se passaram alguns meses que Clemência nos abandonou.
Sabendo de sua capacidade nas artes, senti ser minha obrigação, ainda que tardiamente, fazer o retrato de uma mullher que não esmorecia, mesmo frente à morte, que indelevelmente se aproximava. Isto originou um pequeno filme, a disposição de todos e uma pequena entrevista presente neste blog.
Mas algo permaneceu oculto ainda, e havia a necessidade de se exteriorizar o sentimento que esta mulher conseguiu transmitir nestes efêmeros contatos. E este estava guardado com todo o carinho, realmente escondido, enterrado em um cantinho da alma, e não desejava dividir com quem quer que fosse. Mas, era um erro, e agora penso que chegou o momento em corrigi-lo.

O pequeno tempo em que tive contato com ela foi, acima de tudo, uma lição de vida. Por saber sorrir, por apresentar o maior carinho por todas as suas coisas (fossem grandes ou pequenas), por saborear cada dia, cada momento e cada fato de sua existência como se fosse o último, e fazer com que todos ao seu lado fossem impregnados por aquele desejo e impulsão de "quero mais", de dar graças àquele pequeno momento, quase desapercebido, onde uma borboleta passa voando, fazendo malabarismos impossíveis com os braços do vento agarrado às suas asas, ou o canto do pássaro ao fundo que vai se destacando e tomando volume, crescendo em importância e magnamidade , e subitamente tomamos consciência que é uma verdadeira sinfonia que brota naquela pequena garganta, e as notas saem a saltitar, desfilando pelo espaço imaginário, que o limite é nossa capacidade de percepção e da fantasia.
Ela conseguia até nos fazer inebriar com o momento mágico, em que um pequeno pedaço de mosaico, perdido na imensidão dos outros, tomava importância pela sua forma e cor perante os outros, e ia ocupar o seu exato lugar na composição. Era o feitiço da descoberta do suntuosamente importante no incomensuravelmente pequeno e até insignificante.
Sua visão do mundo, como geralmente de todos artistas que tem este dom dentro de si, é um mesclado de realidades, mas onde a magia de sua vontade consegue enevoar as áridas e rispidas arestas da fidelidade, transformando aquele mais rude elemento em uma pluma que somente pode acalentar a outrem, fazendo-a adormecer ao som das cantilenas, da suavidade e segurança que por ela se transmite à todos em sua volta. É a água transmutada em vinho... É a pedra filosofal da alquimia...
Ela já se foi. Mas conseguiu neste breve intervalo de tempo transmitir aos que a conheceram o verdadeiro "toque de Midas" da bondade, singeleza, da beleza, e da verdadeira magia em se criar momentos verdadeiramente eternos tendo com base a simplicidade.
Enfim, era uma fada entre nós, e sempre haverá uma estrela brilhando no céu, e quando a olharmos, vamos sempre sentir a magia e sedução de sua presença.